domingo, 7 de agosto de 2011

Ponto de Cultura indígena

O Ponto de Cultura em Campo Grande, denominado Yokone Kopenoti, será instalado na Aldeia Urbana Marçal de Souza e voltado à divulgação e desenvolvimento da cultura indígena dos povos de Mato Grosso do Sul, sobretudo da cultura Terena. Além de oficinas de artesanato, informática básica, dança, fotografia, produção audiovisual e ensinamentos de canto e idiomas indígenas, o Ponto de Cultura Yokone Kopenoti oferecerá também palestras e debates envolvendo temas como a produção e comercialização de produtos indígenas, saúde e alimentação, economia solidária, desenvolvimento sustentável, inclusão digital e outros. A inauguração será na próxima terça-feira, dia 09/08, às 19 horas.

Para o ex-secretário de Cultura da Capital e vereador Athayde Nery (PPS), a inauguração de mais este Ponto de Cultura reforça a proposta de uma democracia participativa, com inclusão institucional, permitindo maior aproximação das entidades representativas da sociedade com a comunidade que elas representam. Na avaliação do vereador, que quando ocupou a presidência da Fundação Municipal de Cultura (FUNDAC), em Campo Grande, foi o responsável pela assinatura dos convênios com o Ministério da Cultura, em Brasília, a implementação dessas instituições, que hoje oferecem às comunidades diversas atividades de lazer e oficinas de arte e desenvolvimento educacional, representa a “democratização do dinheiro público”.

Em seu discurso na tribuna, Athayde lembrou que o ex-secretário de Cidadania e Cultura do governo Lula, Célio Roberto Turino, idealizador dos Pontos de Cultura e do Programa Cultura Viva, quebrou paradigmas ao possibilitar a implementação dos pontos por meio de convênios diretos com as prefeituras e as entidades representativas. Inicialmente, o dinheiro deveria ser destinado aos governos para só então ser repassado às entidades fomentadoras. “Isto possibilitou a vinda dos pontos de cultura para a nossa capital”, lembrou Athayde, destacando que Campo Grande tem hoje um dos mais importantes pontos de cultura do Centro-Oeste e do País, o Pontão de Cultura Guaicuru, sob a gestão de Andréa Freire, além de um ponto de cultura importantíssimo que desenvolve projetos junto a crianças portadoras da síndrome de Down.

15 Pontos na Capital

Atualmente, Campo Grande conta com 15 pontos de cultura, todos aprovados pelo Ministério da Cultura e que recebem, mensalmente, recursos do Governo Federal e do Município para o desenvolvimento dos seus projetos. A Prefeitura entra com uma parte do dinheiro destinado a essas entidades. “São 3 milhões de reais oriundos do Ministério e 900 mil reais como contrapartida da prefeitura”, ressalta Athayde. Os recursos são repassados por um período de 3 anos e os pontos de cultura recebem cerca de R$ 6.000,00 por mês.

O novo Ponto de Cultura Yokone Kopenoti é uma iniciativa das lideranças indígenas de Campo Grande, em parceria com a Prefeitura Municipal, Fundação Municipal de Cultura, Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura, Fundação Nacional do Índio, Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal (Arpipan), Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), Museu das Culturas Dom Bosco, Conselho Municipal de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas de Campo Grande (CMDDI) e Instituto de Sociedades Pró-Saudáveis (IBISS).

A coordenação geral do novo ponto será da representante da comunidade Terena, Silvana Dias de Souza de Albuquerque, e o agente cultural é Lísio Lilio. O Ponto de Cultura terá ainda como monitores Sidney de Albuquerque e Jonivaldo Alcântara Pinto (monitor de laboratório).
http://www.msnoticias.com.br/?p=ler&id=69896

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