quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MAPUCHES

Lloncon, líder mapuche no ano de 1890
Os mapuches (na língua mapudungun, gente da terra) são um povo indígena da região centro-sul do Chile e do sudoeste da Argentina. São conhecidos também como araucanos.

E que no entanto, predomina na historiografia por um longo período que abarca os primeiros contatos com os espanhóis até meados do século XIX.

Os grupos localizados entre os rios Biobío e o Toltén conseguiram resistir com êxito aos conquistadores espanhóis na chamada Guerra de Arauco, uma série de batalhas que durou 300 anos, com largos períodos de trégua. A coroa de Espanha reconheceu a autonomia destes
territórios até que, várias décadas depois, foram invadidos pelos estados chileno e argentinos que estabeleceram uma série de "reduções" (Chile) e "reservas (Argentina) onde muitos mapuches foram confinados. As populações mapuches do século XXI são geralmente urbanas, mas mantém vínculos com suas comunidades de origem e subsistem em suas reivindicações por território e reconhecimento de suas especificidades culturais.

A denominação mapuche ou mapunche significa gente da terra em sua língua, como alusão às pessoas que reconhecem sua pertença e integração a um território. Em algumas regiões, ambos os termos são utilizados com pequenas diferenças de significado.

Especula-se que o nome araucano proceda da palavra quechua awqa, "inimigo", "selvagem" ou "rebelde", ou de palqu, "silvestre", tendo sido lhes dada pelos incas ou pelos espanhóis.

Segundo os cronistas, os incas denominavam à população que habitava o sul do rio Choapa de purumauca.
Os espanhóis adotaram a denominação auca para se referir a ela.
Da mesma forma, postula-se que, não sendo uma palavra quechua, o termo poderia ser uma derivação da palavra mapuche Ragko ("água ruidosa") castelhanizada, que os conquistadores haviam utilizado para os habitantes de um lugar com este nome e que logo havia se estendido a todos os povos restantes daquela região.
Fotografia de 1897, tirada pelo geógrafo Hans Steffen

Os mapuches repudiam o uso do nome araucano, uma vez que esta denominação lhes foi outorgada por seus inimigos.
A palavra awka foi adotada pelos mapuches com o significado de "indômito", "selvagem" o "bravo" e eles próprios posteriormente também utilizaram este mesmo termo em referência aos tehuelches.

Até o século XVIII, também existiam entre os integrantes desta etnia a autodenominação reche (homem verdadeiro).

A origem dos mapuches não é com muita certeza conhecida; por muito tempo a teoria mais conhecida foi a postulada por Ricardo E. Latcham, que afirmava que os mapuches eram originários do atual território argentino e que, através de um longo processo de migração, se introduziram como um grupo étnico e cultural distinto entre os picunche e os huilliche, se instalando definitivamente entre os rios Bíobío e Toltén. Até poucos anos a teoria de Latcham parecia não merecer objeções. Porém atualmente está novamente sendo objeto de discussões. Posteriormente, foi proposto que derivam de um povoamento mais antigo. Esta última teoria, chamada "Teoria autoctonista" pelos especialistas, tornou-se muito popular por postular a origem mapuche enquanto grupo étnico no próprio estado chileno.

Sobre sua presença no território argentino, se sabe com mais certeza que, posteriormente, devido à pressão exercida pelos espanhóis, num largo processo de migração através das passagens das cordilheira dos Andes e de transmissão cultural, entre os séculos XVIII e XIX colonizaram os territórios próximos à cordilheira: o Comahue, grande parte da região pampeana e o norte da Patagônia oriental, terras até então ocupadas por diversos povos não-mapuches. Muitos destes povos foram mapuchizados (e não necessariamente sempre de forma pacífica) os "pehuenches antigos" e as parcialidades setentrionais dos tehuelches.

Os mapuches falam língua ameríndia da família penutiana, falada na região central do Chile e no Norte da Argentina, também chamada de araucânio ou Mapudungun.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Araucano

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